No final da segunda sessão da iniciativa Diálogos por Tavira, Jorge Botelho alertou para a necessidade “atrair investidores” para a cidade através de “um modelo estratégico fiável” porque “o modelo actual de desenvolvimento de Tavira está esgotado”.
O presidente da PS-Tavira e candidato à presidência da Câmara Municipal lamentou decisões estratégicas erradas que conduziram ao atraso do concelho relativamente aos municípios vizinhos, à desertificação da baixa e à progressiva decadência do comércio tradicional.
O presidente da PS-Tavira e candidato à presidência da Câmara Municipal lamentou decisões estratégicas erradas que conduziram ao atraso do concelho relativamente aos municípios vizinhos, à desertificação da baixa e à progressiva decadência do comércio tradicional.
Jorge Botelho acredita que a cidade “tem um conjunto de características que lhe permite ser um dos municípios mais dinâmicos do Algarve” e defendeu na sua intervenção final que é necessário requalificar o concelho para “colocar Tavira no centro do Sotavento Algarvio” e gerar investimento, inovação e emprego.
Para tal há que, entre outras medidas, encontrar novas soluções de mobilidades, reabrir a baixa da cidade à circulação automóvel e apostar seriamente na requalificação e exploração do Rio Gilão, da Ria Formosa e da frente de mar.
Nesta segunda sessão dos Diálogos por Tavira sob a temática da sustentabilidade e que juntou mais de uma centena de pessoas no Auditório do Crédito Agrícola, participaram Joaquim Brandão Pires, coordenador do programa eleitoral do PS-Tavira e director-delegado do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, António Almeida Pires, presidente da Associação Sotavento Algarvio, Fernando Pessoa, presidente da Agência de Desenvolvimento de Tavira, e Jamila Madeira, deputada socialista no Parlamento Europeu.
Sob a moderação de José Graça, director da Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António, os oradores debateram os problemas da sustentabilidade na região e na cidade em particular, nas áreas do turismo, da exploração e desenvolvimento da orla costeira e do desenvolvimento económico e empresarial.
Brandão Pires adiantou que esta candidatura só apresentará propostas para Tavira “com hipóteses de serem realizadas”. O director do IPTM apresentou alguns dados relativos ao emprego, ao turismo e à pesca no concelho que considera preocupantes. A aposta para a resolução de alguns desses problemas passa por um conjunto de obras previstas de requalificação do rio Gilão e das suas margens como o porto de pesca de Tavira com capacidade para 70 embarcações, duas docas de recreio nas Quatro Águas ou os novos cais de embarque na Ilha de Tavira e nas Quatro Águas. Para Brandão Pires “é possível vir a fazer do Gilão o centro vivo de Tavira” e a estratégia para a cidade deve passar pela estruturação da oferta turística a partir dos clusters “Mar, Cultura e Natureza”.
A pouca competitividade do turismo no sotavento algarvio relativamente ao barlavento, a necessidade de investir no turismo de qualidade e menos sazonal nas zonas costeiras (de forma, por isso, sustentável) e a recente aposta num parque de feiras e exposições e numa zona industrial no concelho foram outros dos assuntos debatidos ao longo da tarde pelos oradores e pelo público presente.
A próxima sessão dos Diálogos por Tavira, desta vez sobre o tema Inovação, está agendada para o próximo dia 13 de Junho, com as presenças de António Eusébio, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, e Miguel Freitas, membro da Representação Permanente de Portugal na União Europeia e presidente do PS-Algarve, entre outros convidados.
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